terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

" Videos"

"Os Tipos de Cachaças com Leandro Batista"


 


"Cachaças,Bar,Boteco e Restaurante"  



 
"Cachaça Maria da Cruz"
Produzida:Pedras de Maria da Cruz-MG

 


"Cachaça Jacuba"
Produzida:Coronel Xavier Chaves-MG




 
"Cachaça Serra das Almas"
Produzida:Chapada Diamantina-BA




 
"Aguardente de Cana Rainha Paraibana"
Produzida:Bananeira-PB



 

"Cachaça Claudionor"
Produzida:Januária-MG





"Prêmio Fulô"
Eu Amo Caipirinha


 
"Cachaça Santo Mário"
Produzida:Catanduva-SP

 



"Leandro Batista Produzindo Aguardente de Laranja''




 
"Cachaça Pendão''
Produzida:Itatiauçu-MG





Paladar Cozinha do Brasil 
"Cachaças Envelhecidas''


"Festa de Lançamento da Cachaça Tulha Edição Única Leandro Batista"

Local:Bar Ilha das Flores
Data:31/10/2011



Os apreciadores de uma boa cachaça poderão se deleitar com a Edição Única 2011 da Cachaça da Tulha. O blend exclusivo deste ano foi escolhido por convidados de paladar apuradíssimo, como Helena Rizzo, Isabela Raposeiras, Rodrigo Oliveira, Leandro Batista e Julia Mercadante






O novo blend, é composto por 40% de amburana (5 anos), 30% de carvalho europeu (4 anos) e 30% de bálsamo (4 anos).










































segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

"Sommelier das Brancas e Dourdas"

O Sommelier das Brancas e Douradas

Revista:Brasileiros

Edição:30-Jan/2010

Reportagem :Nirlando Beirão
Nos braços de Leandro, um passado evangélico e os filhos Guilherme e Julia

Leandro Batista da Silva tem tatuado, no antebraço, o nome de seus filhos: Gui, de Guilherme, e Julia. No outro, a frase "Só Deus pode me julgar" - testemunho impresso na pele de sua incursão efêmera, mas aguda, pela igreja evangélica. O mesmo motivo que o induziu certo dia a mergulhar em um culto de moral estrita, de proibições rigorosas, trouxe-o de volta para uma vida profissional plena e solar. A maldição se transformou hoje em seu ganha-pão: Leandro é um sommelier de cachaça.
O que um Manoel Beato faz pelo vinho, nas noites luxuosas do Fasano, orquestrando um concerto milionário de châteaux e domaines, de pauillacs e pomerols, de brunellos e barolos, Leandro faz pela mais brasileira das bebidas. Asperge, no almoço e no jantar, seu enciclopédico conhecimento pelas mesas rústicas do restaurante Mocotó, em São Paulo, e administra um acervo de 340 marcas escolhidas a dedo, quer dizer, pela língua e pelo faro.
Leandro tem 29 anos. Nasceu ali por perto, em uma São Paulo periférica de classe média baixa, vizinha ao Jaçanã - que entra naquele clássico do Adoniran Barbosa, Trem das Onze, como referência de lonjura extrema de uma cidade que parece não acabar nunca.
Ao contrário da maioria da companheirada de rua, a cachaça foi sua única droga. Aos 14 anos já sabia apreciar uma branquinha, patrulhando-se para não deixar o prazer desandar em vício. A esse respeito tinha em casa o exemplo dramático do pai, aprisionado nas angústias líquidas do alcoolismo. Imaginem o dilema de Leandro. O desespero do rapaz explica o intermezzo evangélico de sua vida, dois anos e meio em que, diz ele: "De tão fanático, não bebia, não transava, não fazia nada". Saiu maduro, consciente, fortalecido, e ainda recentemente fez palestra no núcleo de gastronomia da FMU descrevendo, de caso próprio, a nobreza que existe por trás do surrado clichê oficial: "Beba com moderação".
Há quatro anos no Mocotó, ele é hoje um expert, sabe tanto de cachaça que já pode se dar o sacrossanto direito de achar que, com muito esforço e muito estudo, pode saber tudo dela. Vira e mexe está viajando, escrutinando in loco recônditos alambiques que fazem - o Deus dos artesãos seja louvado! - a diferença entre o que vai acontecer com sua cabeça quando você acordar no dia seguinte.
Ainda recentemente, Leandro se internou, por uma semana, em um curso mais estágio em Itaverava, perto de Conselheiro Lafaiete, Minas Gerais. José Carlos Ribeiro, engenheiro agrônomo e mestre alambiqueiro, serviu-lhe de cicerone. Leandro voltou entusiasmado - e ainda mais sabido. Porém, assim como se encanta, ele se desencanta. Tentou visitar uma das mais badaladas destilarias supostamente "artesanais" de São Paulo. Ali, foram todos muito gentis com ele, cheios de salamaleques, mas não quiseram abrir o alambique. Saiu de lá e cancelou todas as compras. "Não é de confiança, estão escondendo alguma coisa", fuzilou.
Leandro gosta de cerveja - e entende. Gosta de propor, em providencial revezamento com a cachacinha, a Colorado, de Ribeirão Preto, que, em sua consistência de cerveja digna da Bélgica, percorre uma palheta de sabores varietais, tipo mel, mandioca, trigo, café. E agora, na virada do ano, para fazer definitivamente jus à analogia, este expert self-made habituado a distinguir aromas de baunilha, especiarias e frutas selvagens numa aguardente que rasteja no andar de baixo da aprovação social, irá se aperfeiçoar junto aos figurões do mundo do vinho, acompanhando, bom aluno que é, o seleto curso de formação da Associação Brasileira dos Sommeliers (ABS).
A recíproca também é verdadeira. Uma tarde dessas, passou pelo Mocotó o guru Manoel Beato - que administra os Pétrus e Lafites das adegas do Fasano - para, de lápis e papel na mão, consultar Leandro a respeito da secreta essência de certos elixires de cana. O premiadíssimo Beato, aliás, junto com outros mestres, botou nariz e palato a serviço de uma cachaça artesanal destilada em São José do Mato Seco, município de Mococa, norte de São Paulo, sob a jurisdição diletante, mas apaixonada, do empresário Guto Quintela. A Da Tulha, Edição Única, é um blend de cachaças envelhecidas em jequitibá, jatobá e carvalho capaz de rivalizar com um soberbo Armagnac.
É frequente, cada vez mais frequente, a peregrinação de mestres e aprendizes até este Graal da canjibrina que é o restaurante Mocotó. Para a tribo enfeitada dos Jardins, é uma viagem e tanto, entre aqueles muros da Zona Norte de São Paulo onde se revezam a exuberância policromática dos grafites e a rebeldia vândala das pichações. O Mocotó é o restaurante brasileiro da hora. Mais exatamente: nordestino. Está por lá, na Vila Medeiros, desde início dos anos 1970. Foi aberto pelo Seu Zé Almeida, pernambucano exilado pela seca e pela fome, e hoje em dia quem pilota as caçarolas é o filho dele, Rodrigo Oliveira, 28 anos.
O jovem chef, embora conserve a simplicidade saborosa de uma casa sem pretensão, concede àquele capitoso cardápio de tapiocas, favadas, torresmos, atolados, escondidinhos e, claro, mocotós, o toque aggiornato de quem cursou faculdade de gastronomia e chegou a ser pupilo do exigente, extraordinário Laurent Suaudeau. Se houvesse um Guide Michelin de São Paulo, o Mocotó estaria honrando pelo menos duas estrelas e a menção "vale o détour".
Não por acaso, foi o lugar que, no Brasil, fez salivar o lendário Ferran Adrià, do El Bulli, vizinhanças de Barcelona. Os críticos estrangeiros se encantam: El País, Financial Times, Food & Wine. Por ocasião do recente festim culinário da revista Prazeres da Mesa, permitiram-se uma escapada domingueira, na ansiosa expectativa de muitas caipirinhas e muitas extravagâncias, os casais Anya Von Bremzen e Barry Yourgrau e Caron Smith e Jeffrey Steingarten. Anya é editora contribuinte da Travel & Leisure. Nascida na Rússia, mora entre Nova York e Istambul e percorre o mundo escrevendo sobre restaurantes. O advogado aposentado Jeffrey Steingarten, crítico de Vogue América, virou celebrity do mundinho da gastronomia com seu livro O Homem que Comeu de Tudo (com edição brasileira da Cia. Das Letras) e, agora, com seu show no Food Channel.
Steingarten lançou um desafio ao sommelier Leandro. Queria dirimir de vez as recorrentes dúvidas acerca da diferença entre rum e cachaça. Na teoria, é fácil: o rum é um destilado do melaço da cana, a cachaça vem do caldo da cana, a garapa. Procedeu-se, então, uma minuciosa degustação de 14 tipos diferentes, de uma branquinha da Paraíba (Serra Limpa, de Duas Estradas) às amarelas de longo envelhecimento (Armazém Vieira Ônix, de 16 anos, "a preferida do Dr. Drauzio Varella", confidencia Leandro). Com passagem pela surpreendente Jacuba (de Coronel Xavier Chaves, MG), um de seus atuais xodós, e escala, claro, no icônico terroir de Salinas, norte de Minas (Leandro apresentou ao grupo gringo a Canarinha e a Anísio Santiago, que são, sem exagero, o Mouton Rothschild e o Romané-Conti das aguardentes made in Brasil. Na prateleira do Mocotó dormita uma raríssima Havana, que antecedeu a Anísio Santiago. Uma só garrafa. Já ofereceram 900 reais por ela. O patrão recusou.). Steingarten ficou de escrever um artigo. Pelo rubor que coloriu sua face e o entusiasmo que destravou sua língua, deve ter apreciado.
Ao destilar, com humildade, mas sem inibição, as gotas de seu conhecimento à frente dos notáveis sabichões tanto quanto dos meros curiosos, Leandro desafia tabus (ele mandaria judiciosamente fuzilar todo aquele que, sem desfrutar do perfume e do gosto, toma seu gole de uma talagada só) e exerce uma causa: a de que a nossa aguardente de cana tem sua nobreza e, portanto, exige respeito - mais do que isso, admiração.
Que outro tipo de água de vida - pergunta ele - é tão eclética na escolha das madeiras em que repousa para amadurecer? O uísque passa pelo carvalho. Vinho, idem. Conhaque, o mesmo. E só. A cachaça tem um vasto repertório (leia quadro). "Ainda vai ser reconhecida como o mais rico e sofisticado destilado do mundo", acredita ele.
Trata-se de uma árdua militância, em um país onde tudo o que cheira a popular vem impregnado do forte odor de preconceito. A marvada chegou a ser, no passado, perseguida pelas autoridades policiais. "Era malvista, vício de pobretões e arruaceiros", lembra. Mas se o mundo começa a atribuir requinte e prestígio a uma bebida brasileira que o Brasil, no entanto, quase sempre menospreza, ainda há de chegar o dia, ainda que por mero mimetismo, o Brasil irá sentir orgulho de sua típica, especial aguardente. "Nesse dia eu me aposento e vou viver só dessa recompensa", diz Leandro, o iluminista dos antebraços tatuados e da alegria do povo.

Festival Mundial da Cachaça-2011


X-Festival Mundial da Cachaça -2011

Salinas -MG


Fui prestigiar o pessoal do Stand do IFNMG,onde a Universidade estava divulgando seu novo Curso  "Superior de Tecnologia em Produção da Cachaça"para mim é sempre uma honra poder estar contribuindo com o Crescimento da Cachaça no Brasil e Exterior.

"Como nasce um Blend de Cachaça"

Onde tudo começou.......

  • Reportagem:Estadão
 
  • Caderno:Paladar
 
  • Data:12 de Outubro de 2011
 
  • Reporter: Nana Tucci
 
  • Fotos:Felipe Rau

Cachacier por um dia. Foi um programão


 

Dois chefs, uma barista e um especialista com uma missão: criar o blend 2011 da Cachaça da Tulha, edição especial que mistura cachaças envelhecidas em diferentes madeiras

Foram duas horas bebericando e mesclando cachaças envelhecidas em tonéis de carvalho americano e europeu, amburana, bálsamo e jequitibá até chegar a sete blends. À mesa, no restaurante Mocotó, quatro experts de áreas distintas: o cachacier Leandro Batista, a barista Isabela Raposeiras e os chefs Rodrigo Oliveira e Helena Rizzo. Tinham a missão de escolher o blend especial 2011 da Cachaça da Tulha, de Mococa.



Degustadores Leandro, Isabela, Rodrigo e Helena na experimentação.
 
Os tubos de ensaio em que as cachaças eram mescladas foram manejados pelo consultor Erwin Weimann, que primeiro serviu doses individuais dos blends para que todos soubessem identificá-los mais tarde. O carvalho deixou a cachaça com alma de uísque; o bálsamo entrou com notas de cravo e canela; o carvalho europeu trouxe aroma de baunilha e tons tostados. A amburana veio adocicada, trazendo a lembrança do tabaco; e o jequitibá agradou pela neutralidade.
Erwin criou alguns blends baseado em sua experiência e intuição, outros atendendo a pedidos. O que se fazia era testar variadas combinações e porcentagens. Entre uma e outra prova, caju com sal para limpar o paladar.
À exceção de Rodrigo, todos os convidados fizeram pedidos. Helena se alegrou com o jequitibá, "uma boa base", e fez um blend sutil, mas, segundo alguns, "sem pegada". Leandro criou um dos mais festejados, unanimemente redondo e equilibrado, só que com leve amargor e sem notas picantes. Isabela testou duas misturas, e a segunda, adocicada e picante, foi a mais bem-sucedida. Diferenças à parte, a amburana foi se firmando como elemento balizador.
No final, empate: a cachaça equilibrada de Leandro ou a provocante de Isabela? Elaboraram, em conjunto, um sétimo blend - mexendo nas porcentagens da mistura da barista (amburana, carvalho europeu e bálsamo).
"Esta tem o melhor dos dois mundos", animou-se Isabela.da. "Estou até gostando de tomar cachaça", disse. "É intrigante, uma cachaça fácil de beber, mas não é boba", achou Rodrigo.
O cachacier Mauricio Maia, à espreita, estava surpreso: "Não acreditava nesta combinação, porque são madeiras com personalidades bem diferentes".
"A história da cachaça é uma história de pouco marketing e muita conversa", concluiu Guto Quintella, dono do alambique.
É o quinto ano em que a Cachaça da Tulha lança uma edição especial assinada por profissionais renomados - as 1.800 garrafas do blend 2011 começam a ser vendidas em novembro, a R$ 100, em média.


Aqui são várias Reportagens que fizemos para o Pré- Lançamento da Cachaça Tulha Edição Única.

  • Revista:Confraria Cooker Lover 
  • Caderno: Cooker News 
  • Data:01/11/2011

 
Cachaça da Tulha lança Edição Única 2011

A cada ano, desde 2007, a Cachaça Da Tulha reúne apreciadores da bebida mais popular do Brasil para criar um blend exclusivo; método ainda pouco utilizado e conhecido no país.
No início de outubro, um encontro no restaurante Mocotó reuniu os responsáveis pelo blend 2011: a chef Helena Rizzo, do restaurante Maní, a mestre de torra e barista do Coffee Lab, Isabela Raposeiras, o chef Rodrigo Oliveira e o cachacier Leandro Batista, ambos do restaurante Mocotó. Para representar a marca, a Da Tulha convidou Julia Mercadante.
(Rodrigo Oliveira, Helena Rizzo, Julia Mercadante, Isabela Raposeiras e Leandro Batista)
Com a supervisão dos especialistas do destilado, Maurício Maia, Gustavo Hildebrand e Erwin Weimann, o grupo experimentou cachaças envelhecidas em tempos que variam de um a 10 anos, em carvalho americano e europeu, jequitibá, bálsamo e amburana.
Neste ano, além da exclusividade da bebida, a garrafa também será única. O conceito foi desenvolvido pelo artista plástico e cenógrafo Juarez Fagundes em parceria com a marca. Inspirado nas outras embalagens da Tulha e na fazenda São José do Mato Seco, onde a cachaça é produzida, Juarez pintou uma grande tela de lona. O quadro será subdividido em diversos pedaços que darão origem aos rótulos da Edição Única 2011 (foto).
Ou seja, cada pessoa que adquirir a cachaça, terá uma edição realmente exclusiva, já que cada garrafa será diferente da outra e levará um pedacinho da obra de arte original
         
  • Revista:Menu
  • Reportagem: Luciana Mastrorosa
  • Caderno:Bares-Cachaças

  • Data:31/10/2011


 

Já virou tradição: todo ano, desde 2007, a Cachaça da Tulha lança uma versão especial de sua bebida. Desta vez, o restaurante paulistano Mocotó serviu de palco para a definição do blend da Edição Única 2011 da marca, que será lançado hoje no bar Ilha das Flores. O diferencial deste ano é que, a convite da Tulha, o chef Rodrigo Oliveira, do Mocotó, e seu mestre-cachaceiro Leandro Batista uniram seus paladares afiados aos da barista Isabela Raposeiras, do Coffee Lab, e da chef Helena Rizzo, do Maní, para definir qual seria a bebida deste ano.
Tarefa difícil, mas não menos divertida: foram várias as “branquinhas” e “amarelinhas” degustadas até chegar ao blend especial. O time de especialistas tinha à disposição cachaças da Tulha armazenadas em carvalho americano e europeu, jequitibá, bálsamo e amburana, que conferem diferentes aromas à bebida. “A matéria-prima é a mesma, a diferença entre elas é o tipo de madeira pelo qual passaram. A ideia é ressaltar a brasileira amburana, suavizando-a com outras quatro madeiras”, conta Erwin Weimann, químico e mestre-cervejeiro. Foi ele quem criou a primeira “fórmula” que o júri provou na noite, com 30% de cachaça envelhecida na amburana, 30% no carvalho americano, 20% no jequitibá, 10% no bálsamo e 10% no carvalho europeu. “Blend de cachaça ainda é algo muito novo no Brasil, o único país que pode fazer isso com toda a propriedade”, lembra Weimann. O especialista aposta que misturas desse tipo virem tendência à medida que começarmos a explorar melhor nossas madeiras nativas, sem ficarmos tão presos ao tradicional carvalho.
A partir desse primeiro blend, o time de convidados começou a sugerir alterações nas porcentagens das bebidas utilizadas. Um pouquinho mais de bálsamo aqui, um pouco menos de carvalho americano dali… E, sete blends mais tarde (e muitos goles de cachaça depois), finalmente chega-se a um veredicto: a edição 2011 é composta de 30% de cachaça envelhecida no bálsamo, 40% na amburana e 30% no carvalho europeu. “Ao longo da degustação, ficou claro que a amburana se afirmou como base”, opina Rodrigo Oliveira. A barista Isabela Raposeiras, acostumada a lidar com café, surpreendeu-se com o potencial aromático das madeiras. “A amburana tem muita personalidade, lembra aquele cheiro de armário antigo, de madeira maciça”, comentou ela. Helena Rizzo, por sua vez, encantou-se pelo bálsamo, e seu voto foi definitivo para chegar ao blend final. “Gostei do perfume dela”, conta a chef. O mestre-cachaceiro Leandro Batista também apostou na preferida de Helena. “Bálsamo e amburana são bem potentes. Como o bálsamo é um pouco mais amargo, ele ajuda a equilibrar a bebida”, explica ele.
Além do blend composto pelos especialistas, a Edição 2011 apresentará um rótulo diferente dos tradicionais, feito com pedaços recortados de uma grande tela pintada pelo artista plástico Juarez Fagundes. As cachaças, numeradas, serão comercializadas com o preço sugerido de R$ 90.

 
  • Reportagem:www.cliqueagosto.com.br 

  •  Caderno:Bebidas

 
Cachaça da Tulha 

 
Blend exclusivo da marca foi escolhido por personalidades de paladar apurado.

 
A cada ano, desde 2007,a Cachaça Da Tulha reúne apreciadores da bebida mais popular do Brasil para criar um blend exclusivo, método ainda pouco utilizado e conhecido no país. Os convidados escolhem uma combinação feita com cachaças envelhecidas e armazenadas em diferentes tempos e tipos de madeira e assinam uma versão exclusiva, comercializada como Edição Única, sendo que neste ano será lançada no dia 31 de outubro, no Bar Ilha das Flores.
No início de outubro, um encontro no restaurante Mocotó reuniu os responsáveis pelo blend 2011: a chef Helena Rizzo, do restaurante Maní, a mestre de torra e barista do Coffee Lab, Isabela Raposeiras, o chef Rodrigo Oliveira e o cachacier Leandro Batista, ambos do restaurante Mocotó. Para representar a marca, a Da Tulha convidou Julia Mercadante.
Com a supervisão dos especialistas do destilado, Maurício Maia, Gustavo Hildebrand e Erwin Weimann, o grupo experimentou cachaças envelhecidas em tempos que variam de um a 10 anos, em carvalho americano e europeu, jequitibá, bálsamo e amburana. Primeiramente, foram degustadas as cachaças puras, com o objetivo de conhecer o sabor e textura de cada uma, em particular. Ao comando do químico Erwin, o grupo foi escolhendo e testando diversas probabilidades, até definir uma sétima versão, eleita entre a quinta mistura, mais equilibrada, e a sexta, mais doce. Por consenso de todos os degustadores, foi eleita como a Edição Única 2011 o blend de 40% de amburana (5 anos), 30% de carvalho europeu (4 anos) e 30% de bálsamo (4 anos).
Neste ano, além da exclusividade da bebida, a garrafa também será única. O conceito foi desenvolvido pelo artista plástico e cenógrafo Juarez Fagundes em parceria com a marca. Inspirado nas outras embalagens da Tulha e na fazenda São José do Mato Seco, onde a cachaça é produzida, Juarez pintou uma grande tela de lona. O quadro será subdividido em diversos pedaços que darão origem aos rótulos da Edição Única 2011 (foto). Ou seja, cada pessoa que adquirir a cachaça, vai levar uma edição realmente exclusiva, já que cada garrafa será diferente da outra e levará um pedacinho da obra de arte original.
A partir de 1º de novembro, este novo blend será comercializado no valor de R$ 90 nos empórios Varanda e Santa Luzia. Também poderá ser encontrado em restaurantes e bares de São Paulo e região, como Astor, Pirajá, Original, Bottagallo, Adega Santiago, Taberna 474, Veríssimo e Botica do Quintana.

 
Sobre a Cachaça da Tulha

  
Produzida e armazenada artesanalmente na Fazenda São José do Mato Seco, em Mococa (interior de SP), a Cachaça da Tulha está há sete anos no mercado de destilados. Considerada a bebida mais popular do Brasil, a cachaça da marca é comercializada em duas versões: a armazenada em tonéis de Jequitibá, a envelhecida em barris de Carvalho.
De propriedade dos empresários Veva e Guto Quintella desde 1998, a fazenda foi construída no século XIX, originalmente para cultivo de café. Após uma reestruturação, o local foi adaptado para a produção de cachaças de qualidade. Na propriedade é cultivada toda a cana de açúcar que serve como matéria prima da cachaça. Tirada no corte manual, sem o uso de queimadas, adquire vida na fermentação com leveduras selecionadas e cresce na destilação, que reserva apenas a melhor parte do produto.
Considerada umas das 20 melhores do país pelo ranking anual da revista Playboy, a Cachaça da Tulha pode ser encontrada nos melhores restaurantes e lojas especializadas de São Paulo e região.




  • Reportagem:Brasileiros

  • Caderno:Degustação

  • Edição:52-11/2011

  • Repórter:Nirlando Beirão
 

Ouro líquido


A cachaça descobre a requintada arte do blend 
A degustação
A bebida dos brasileiros vai deixando as prateleiras do preconceito para se instalar, com a devida pompa, nas vitrines dos mais ilustres destilados. Já estava na hora. 
Certas marcas artesanais - em contraposição à aguardente industrializada, que só fica bem na foto e no paladar quando é para entrar numa caipirinha - têm apurado a produção da forma como a autêntica caninha merece: alambiques de cobre, cana cortada à mão, aquele toque obediente à tradição, a possibilidade de envelhecimento em infinitos tipos de madeira, coisa que só nosso destilado, só ele, se permite fazer (os outros, do uísque ao rum, da tequila ao conhaque, envelhecem em carvalho, e ponto final). 
Para registrar essa exclusiva aliança da cachaça com a madeira é que a Cachaça da Tulha lança todo ano, desde 2007, o que chama de Edição Única. Convoca especialistas e abre a eles a chance de destilar o mais pessoal dos blends, em um ambiente de democrática discussão. 
A Edição Única 2011 saiu, entre delícias de torresmos e dadinhos de tapioca, da mesa do Mocotó, o primoroso restaurante de cozinha nordestina da Vila Medeiros, zona norte de São Paulo. Ali se sentaram o chef Rodrigo Oliveira e o cachacier Leandro Batista, ambos do Mocotó; a premiada chef Helena Rizzo, do Maní; a mestre de torra e barista do Coffee Lab, Isabela Raposeiras; e Julia Mercadante, que representou a Tulha, a convite de Veva e Guto Quintella, os proprietários. Assessoraram a degustação os experts Mauricio Maia, Gustavo Hildebrand e Erwin Weimann. 
O blend 2011, que começa a ser apresentado às bocas mais exigentes neste início de novembro, ficou assim: 40% de amburana (cinco anos de envelhecimento), 30% de carvalho europeu (quatro anos) e 30% de bálsamo (quatro). Vai custar R$ 90, a garrafa.
 
 
Até o rótulo é uma arte. O conceito é do artista plástico e coreógrafo Juarez Fagundes. Ele pintou uma enorme tela, tendo como tema a fazenda onde a Tulha é produzida, em Mococa, divisa de São Paulo com Minas Gerais. O quadro será subdividido em diversos pedaços - cada um deles será um rótulo da Edição Única 2011. Quer dizer, não haverá um rótulo sequer igual ao outro.
 
A fazenda dos Quintella tem um nome do qual já recende um saboroso aroma de tradição: São José do Mato Seco. O casarão, agora restaurado, é do século 19 e reinava na época sobre vastos hectares de lavoura de café. Veva e Guto lá se instalaram em 1998, adquiriram equipamentos em antigas destilarias de Minas e passaram a cultivar seu hobby segundo o estrito manual de produção das aguardentes de qualidade. Embora a produção seja recente, não por acaso a Tulha já entrou no ranking das 20 melhores cachaças do Brasil da revista Playboy.
 
Fora as Edições Únicas, safradas, a grife Tulha comparece às prateleiras em duas versões de requinte semelhante: a envelhecida em tonéis de jequitibá e a que repousa em barris de carvalho. Seu preço varia entre R$ 25 e R$ 30, a garrafa.

 
 
 

  



  

"Cachaça para degustar"

Revista:Veja


Caderno:Guia-Bebidas

Edição 2152-17/02/2010

Reportagem:Anna Paula Buchalla

Fotos Laílson Santos

Ela começou a ser produzida há mais de 400 anos no Brasil.
Mas só recentemente ganhou uma aura de refinamento.

              

Por definição, a cachaça é a aguardente de cana que possui teor alcoólico entre 38% e 48%. Ela pode ser classificada como branca – em geral, engarrafada logo depois de produzida – ou envelhecida, com cor, aroma e sabor alterados pelo armazenamento em barris de madeira por um ano, no mínimo. A envelhecida pode ou não ser misturada a uma medida de destilado recém-produzido. Quando isso não acontece, ela recebe a qualificação premium ou extra premium (se passa mais de três anos armazenada).
Há ainda a adoçada, com concentrações de açúcar superiores a 6 gramas por litro. Como existem mais de 4 000 marcas de cachaça produzidas de norte a sul do país, VEJA convidou seis especialistas para estabelecer um ranking das melhores, divididas entre brancas e envelhecidas. Cada jurado enviou uma lista com dez sugestões de sua preferência por categoria. Do cruzamento das listas, chegou-se às cinco melhores em cada uma delas. Todas foram degustadas e avaliadas com notas de zero a 10 no restaurante Mocotó, em São Paulo.

* Preços médios em São Paulo

"Quentão de nobre estirpe? Só se for com duas mineiras envelhecidas"

Jornal:Estadão

Caderno:Paladar 

Data: 10 de junho de 2010

Reportagem:Olívia Fraga

Quentão, preferência nacional nas festas juninas brasileiras, nunca foi tão caprichado. Leandro Batista, "sommelier de cachaça" do Mocotó, se dispôs a preparar dois quentões diferentes. Nos dois casos, usou cachaça envelhecida, que tem mais complexidade de aromas. E fez suas invenções: no lugar de açúcar, usou rapadura. Pôs também anis-estrelado, para dar mais sabor e aroma à bebida. De resto, seguiu a receita tradicional, que leva gengibre e canela em pau. Veja o modo de preparo logo abaixo.

O veredicto: quentão doce, encorpado, com notas aromáticas de especiarias, amêndoa e baunilha. O anis-estrelado deu outra cara à bebida. "Perto do quentão de cachaça industrializada que se toma em quermesse, estes são bons drinques", diz Batista.

Confira a receita:

Quentão de Rapadura

O perfume do quentão fez os clientes do restaurante espiarem atrás do balcão e pedirem uma dose. Duas mineiras foram as cachaças escolhidas: Maria da Cruz, envelhecida em umburana, e Salineira, em bálsamo.

QUANTO MAIS QUENTE MELHOR


No princípio. Anis-estrelado, canela, gengibre e suco de laranja vão antes à panela
A alma. Com o caldo borbulhando, Leandro adiciona a cachaça e espera 5 minutos
Doce fim. A última a entrar é a rapadura, que dá mais corpo e gosto ao quentão
Redução. Nos últimos minutos, o calor diminui o teor alcoólico da cachaça
Pegando fogo. Com cachaça envelhecida e rapadura, ele fica mais encorpado e aromático

"Cachaça vai bem com tudo"

Revista: Casa e Jardim-09/2011

Texto:Chantal Brissac

 

Primeiro, uma branca. Depois, uma amarela. Para fechar, um licor da aguardente. A bebida pode acompanhar vários pratos e, como os vinhos, tem carta e até copo certo

             
 Divulgação

Foi-se o tempo em que lugar bacana servia cachaça apenas na caipirinha. Considerada ótima para diversos tipos de pratos, de petiscos a receitas mais sofisticadas, em muitos restaurantes, a aguardente hoje pode ser escolhida a partir de uma carta, como já ocorria com os vinhos. O técnico sensorial de bebidas e alimentos Renato Frascino conta que já criou várias para casas do Rio e de São Paulo. Alguns locais têm até sommelier de cachaça. Leandro Batista da Silva, do restaurante e cachaçaria Mocotó, na Vila Medeiros, zona Norte de São Paulo, é um, mas prefere o título de mestre alambiqueiro. “É uma bebida nobre e fascinante”, diz ele.

Basicamente, as cachaças são divididas em dois grupos: brancas e amarelas. As primeiras são ideais para abrir o apetite e devem ser tomadas geladas. As amarelas podem ser envelhecidas em diferentes madeiras, o que influencia seu sabor e suas características. As que passam por bálsamo, por exemplo, são mais leves do que as guardadas em carvalho. Leandro sugere uma sequência: “Comece com uma branca, siga comum a amarela envelhecida em umburana e termine com uma de carvalho. E deixe um espacinho para um licor de cachaça”.

Especialistas costumam separar cachaça e pinga. A primeira seria de alambique, sem aditivos químicos; a segunda, feita industrialmente. “Cachaça boa não machuca o nariz, pois o aroma do álcool é bem casado com os outros”, diz Renato Frascino. Mas um rótulo de qualidade não é barato. As diferentes linhas da orgânica Conceição, de Roseira (SP), variam entre R$ 28 e R$ 40. Tida como a rainha das cachaças, a Anisio Santiago, de Salinas (MG), chega a custar R$ 1.000.

Renato Frascino recomenda tomar cachaça em um copo de cristal com haste. Na falta dele, num cálice de vinho. “Assim é possível perceber os aromas sutis”, diz. Mas aprecie a bebida sempre com moderação, já que ela tem alta gradação alcoólica (entre 38% e 48%). Abaixo, um manual para curtir uma cachacinha.

Mocotó Av. Nossa Sra. do Loreto, 1.100, Vila Medeiros, São Paulo, SP, www.mocoto.com.br. De 2ª a 5ª,
das 12 às 22h; 6ª e sáb., das 12 às 23h; dom., das 12 às 17h. Cartões: todos.A dose de cachaça custa de R$ 2 a R$ 34.



Manual do bom bebedor

1
Assim como se faz com o vinho, cheire antes de beber. Os aromas fazem parte do prazer.

2 Ao tomar o primeiro gole, encharque a boca e mantenha a cachaça sobre a língua por alguns instantes. Assim você será capaz de identificar e apreciar os diversos sabores que compõem a bebida.

3 Para acompanhar petiscos, como bolinho de bacalhau, torresmo, mandioca frita e costelinha de porco, vá de cachaça branca e gelada.

4 Caldinhos, como de feijão, abóbora ou mocotó, são pares perfeitos para a cachaça, branca ou amarela.

5 Ela combina com quase tudo, da feijoada a peixes, carnes, aves e vegetais. A branca é ideal com pratos leves; as amarelas, com os que levam pimenta e temperos fortes. E são ótimas como digestivo.

6 Segundo os especialistas, a única bebida alcoólica que pode acompanhar a aguardente de cana é a cerveja.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

"Ele é um tremendo cachaceiro"

Revista Época (Gastronomia) 27/01/2012

Reportagem:Natalia Spinace

Fotos:Rogério Cassimiro

Sem ofensa. A cachaça nacional saiu do reduto dos botecos e conquistou restaurantes e degustadores de alta classe 

 ESPECIALISTA Leandro Batista no restaurante Mocotó, em São Paulo. O ex-garçom virou sommelier da bebida (Foto: Rogério Cassimiro/Época)

  Pinga, cachaça, marvada, teimosa, quebra-goela, meu consolo, tome juízo, tira-teima. De acordo com o sociólogo e ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, existem mais de 500 denominações para a mais brasileira das bebidas. No livro recém-lançado Cachaça (editora Terra Brasil), de Araquém Alcântara, Fernando Henrique diz que só bebia na companhia de sua mulher, Ruth Cardoso, “que vez ou outra gostava de uma pinguinha”. Foi ele quem assinou o decreto que tornou essa bebida oficialmente nossa. A Lei nº 8.918, de 1994, determina que para ser cachaça o destilado tem de ser produzido em solo brasileiro, com teor alcoólico de 38% a 48%. A preocupação do ex-presidente em proteger essa invenção brasileira antecipava o sucesso que a marvada faria no Brasil e em todo o mundo.

Existem hoje 4 mil marcas de cachaça e 40 mil produtores. Só em 2011, o Brasil exportou 14 milhões de litros de pinga. Por trás desses números está o esforço das produtoras em mudar a imagem de bebida de baixa qualidade que a cachaça tinha no passado. Elas investiram em embalagens sofisticadas, campanhas de marketing e na qualidade do destilado. A indústria de cachaças de alta qualidade conta com processos especiais de destilação e envelhecimento e reconhecimento internacional. A mineira GRM, vendida sob encomenda, ganhou medalha de ouro em um dos concursos mais importantes nos Estados Unidos, o San Francisco World Spirits Competion. A Weber House, uma cachaça envelhecida em barris de carvalho e bálsamo, ganhou quatro vezes medalhas de ouro e prata no Mundial Hyatt Cachaça Awards, de Bruxelas, na Bélgica.

Ser consumidor das cachaças exclusivas sai caro. Um litro da tradicional Anísio Santiago custa R$ 900. Em Salinas, Minas Gerais, onde é produzida, ela é usada como moeda. O fabricante paga os funcionários com garrafas da bebida para ser trocadas no comércio local. A Velho Barreiro criou a Diamond, uma versão para colecionadores engarrafada num litro cravejado de diamantes e ouro que custa R$ 212 mil.

A cachaça também conquistou espaço entre os jovens. Marcas como Sagatiba e DJ Cachaça concentram suas campanhas nesse público. “A cachaça hoje é vista como uma bebida descolada”, diz Leandro Batista, sommelier de cachaça do restaurante Mocotó. A produtora audiovisual Gabriela Barreto conheceu a bebida na faculdade. O gosto pela caninha fez Gabriela virar uma especialista e criar um site sobre o tema, o Mapa da Cachaça. “Bebo mais de uma vez por semana para fazer críticas.” O rejuvenescimento dos bebedores de pinga mudou o perfil de festivais regionais de cachaça. O de Paraty, Rio de Janeiro, que completa 30 anos, sempre foi frequentado por moradores da região. Isso mudou. “Hoje, recebemos pessoas de outros Estados, e a maioria do público é jovem.” Nos últimos dois anos, o evento superou em público a badalada Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), chegando a 35 mil participantes.

Assim como a bebida tem muitos nomes, o título dos especialistas tem variações. Cachaciers, cachaçólogos, sommeliers da cachaça ou simplesmente cachaceiro. Há pouco tempo, virar especialista dependia de esforço individual de conhecer as diferenças entre destilação e armazenamento. “Para me tornar um cachacier, frequentei alambiques, estudei química e agronomia”, diz Maurício Maia, especializado na bebida. Hoje, há cursos que reúnem essas disciplinas, como o de produtores de cachaça, criado pelo Senac Belo Horizonte. “Produtores reclamam da falta de mão de obra qualificada. A ideia é formar um produtor que entenda do plantio da cana até a comercialização”, diz Hans Eberhard Aichinger, coordenador do Senac. O cachaceiro nunca foi tão valorizado.

Como degustar (Foto: revista ÉPOCA/Reprodução)

  É da boa ou não é?

O que difere uma cachaça de uma aguardente e o que define sua qualidade Aguardente de cana x cachaça Aguardente é qualquer bebida destilada com alto teor alcoólico. Toda cachaça é uma aguardente de cana, mas nem toda aguardente de cana é cachaça. Ao adicionar um ingrediente, como mel ou limão,
ela não é mais cachaça

Qualidade


 A cana usada e os processos de fermentação e destilação determinam a qualidade da cachaça. A cachaça boa tem de ser límpida, sem gosto de álcool, com sabor agradável (sem queimar a garganta). Não deixa hálito nem dá ressaca

Os tipos de destilação


 Existem dois processos: de alambique (artesanal) e de coluna (industrial). As cachaças de melhor qualidade normalmente são as destiladas em alambique. Esse processo é mais lento, feito com volume menor e com maior controle

O envelhecimento


 Diferentemente de outros destilados que só envelhecem em barris de carvalho, a cachaça pode envelhecer em até 24 tipos de madeira, como bálsamo, jequitibá e freijó. Isso altera sua cor (normalmente são as cachaças mais amareladas), seu sabor e seu aroma.

 

 

 

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Viagens 2012


Começando o ano 2012 muito bem galera,viajei para o Rio Grande do Sul em buscar de conhecimentos,conhecei alguns Alambiques,Confira algumas Fotos!





Cachaça Bento Albino
Fabricante:Alambique do Espraiado
Cidade/Local:Maquiné -RS
Volume: 750ml
Tonel: Carvalho



Visitando os Alambiques Gauchos - Bento Albino



























Cachaça: Cachaça Weber Haus Orgânica Envelhecida Premium
Fabricante: H. Weber & Cia. Ltda.
Cidade/Estado: Ivoti - RS
Graduação Alcoólica: 38° GL
Volume: 700ml
Tonel: Amburana







Cachaça: Flor do Vale Tradicional
Fabricante: Alambique Flor do Vale
Cidade/Estado: Canela - RS
Graduação Alcoólica: 40° GL
Volume: 50ml, 160ml e 700ml
Tonel: Amendoim