segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

"Quentão de nobre estirpe? Só se for com duas mineiras envelhecidas"

Jornal:Estadão

Caderno:Paladar 

Data: 10 de junho de 2010

Reportagem:Olívia Fraga

Quentão, preferência nacional nas festas juninas brasileiras, nunca foi tão caprichado. Leandro Batista, "sommelier de cachaça" do Mocotó, se dispôs a preparar dois quentões diferentes. Nos dois casos, usou cachaça envelhecida, que tem mais complexidade de aromas. E fez suas invenções: no lugar de açúcar, usou rapadura. Pôs também anis-estrelado, para dar mais sabor e aroma à bebida. De resto, seguiu a receita tradicional, que leva gengibre e canela em pau. Veja o modo de preparo logo abaixo.

O veredicto: quentão doce, encorpado, com notas aromáticas de especiarias, amêndoa e baunilha. O anis-estrelado deu outra cara à bebida. "Perto do quentão de cachaça industrializada que se toma em quermesse, estes são bons drinques", diz Batista.

Confira a receita:

Quentão de Rapadura

O perfume do quentão fez os clientes do restaurante espiarem atrás do balcão e pedirem uma dose. Duas mineiras foram as cachaças escolhidas: Maria da Cruz, envelhecida em umburana, e Salineira, em bálsamo.

QUANTO MAIS QUENTE MELHOR


No princípio. Anis-estrelado, canela, gengibre e suco de laranja vão antes à panela
A alma. Com o caldo borbulhando, Leandro adiciona a cachaça e espera 5 minutos
Doce fim. A última a entrar é a rapadura, que dá mais corpo e gosto ao quentão
Redução. Nos últimos minutos, o calor diminui o teor alcoólico da cachaça
Pegando fogo. Com cachaça envelhecida e rapadura, ele fica mais encorpado e aromático

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